Os consumidores estão cada vez mais informados exigentes. Como garantir a qualidade dos alimentos em sistemas de produção cada vez mais complexos? Padronização, rastreabilidade, certificações são ferramentas empregadas pelos agentes produtivos para entregar produtos e informações demandadas pelos clientes.
Os consumidores estão cada vez mais informados exigentes. Como garantir a qualidade dos alimentos em sistemas de produção cada vez mais complexos? Padronização, rastreabilidade, certificações são ferramentas empregadas pelos agentes produtivos para entregar produtos e informações demandadas pelos clientes. Você agrodistribuidor é peça chave neste processo, conhece e influencia cada detalhe da produção agrícola local. Fique atento, pois este movimento abre oportunidades para estruturação de modelos de negócios que geram valor para toda cadeia produtiva, inclusive você revendedor.
A maior a exigência em termos de segurança do alimento, faz com que rastreabilidade e transparência com relação ao uso de tecnologias de produção se transformem em fatores que influenciam a aceitação de alimentos por parte dos consumidores do mercado doméstico e também de mercados internacionais.
As empresas de insumos e as agroindústrias, que contribuem para uma produção agrícola sustentável terão a preferência dos produtores rurais e varejistas, que tem a missão de entregar produtos de qualidade, seguros, de forma conveniente para o consumidor final que é o elo capaz de movimentar a cadeia em uma única direção - a da agricultura sustentável.
É neste contexto que as empresas de defensivos agrícolas desenvolvem suas estratégias de negócio. Torna-se necessário ter maior “controle” sobre a cadeia, como o uso correto de seus produtos, visando contribuir para a agricultura sustentável para ganhar participação de mercado e/ou aumentando a rentabilidade. Alguns fabricantes de agroquímicos, em sinergia com agrodistribuidores, têm desenvolvido estratégias de coordenação de cadeias, ou “food value chain”, com resultados exitosos.
A proposta neste artigo é apresentar uma metodologia para o desenvolvimento e implementação de estratégias de “food value chain” para os defensivos agrícolas conforme Figura 1, a fim de que os distribuidores possam avaliar que papel podem desempenhar nesta estratégia, maximizando seus resultados.
O êxito de uma empresa no mercado depende da sua capacidade de implementar ou executar a estratégia construída.
O primeiro passo é identificar a oportunidade, o que passa pela definição da cadeia onde atuar. Preferencialmente, as cadeias eleitas são aquelas que trabalham com produtos de consumo in natura ou mercados onde os consumidores valorizam qualidade e segurança. Além disso, os produtos gerados nesta cadeia devem ter acesso aos mercados interno e externo, e o produto final deve ser passível de diferenciação.
Figura 1- Proposta para elaboração de Estratégia de Food Value Chain.
Fonte: Del Cistia (2015)
É importante frisar que a estratégia de integração de cadeia não precisa, necessariamente, envolver todos os participantes da cadeia. Ela pode ser feita com integração parcial, dependendo dos objetivos estratégicos da empresa.
Próximo passo é a definição do foco do projeto e seus objetivos, que devem estar alinhados com a estratégia da empresa, de curto, médio e longo prazo, assim como alinhado com o objetivo dos principais participantes das cadeias. Objetivos compartilhados são mais efetivamente atingidos.
Para que a empresa possa operacionalizar as ações de mercado de forma mais efetiva, é necessário nomear um “líder” da cadeia, que normalmente, é o distribuidor ou canal preferencial da empresa. Aquele que multiplica os esforços da empresa no mercado e dar constante retorno de informações para que a empresa ajuste a estratégia, quando necessário.
O reconhecimento ao produtor nos mercados interno e externo se dá pela diferenciação do produto final obtida pelo uso de boas práticas agrícolas (sustentabilidade), que é um dos objetivos de um programa de coordenação de cadeias.
DEL CISTIA, F.D. Competitividade no Agronegócio: proposta de modelo para elaboração de estratégia de integração de cadeias para os defensivos agrícolas – o caso do café. São Paulo: EESP/FGV, ESALQ/USP, EMBRAPA. 2015. Dissertação (Mestrado em Agronegócios) Escola de Economia de São Paulo.
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