Pragas no milho: Controle, prevenção e a oportunidade para o Agrodistribuidor

A cultura do milho é uma das mais importantes culturas agrícolas no mundo, caracterizada por diversas formas de utilização tanto na alimentação animal quanto humana. Dados do USDA e da FAPRI apontam que a cultura é a segunda cultura com maior área no Brasil e também no mundo, e em volume da produção, o milho fica em segundo lugar mundialmente e em terceiro no país

A cultura do milho é uma das mais importantes culturas agrícolas no mundo, caracterizada por diversas formas de utilização tanto na alimentação animal quanto humana. Dados do USDA e da FAPRI apontam que a cultura é a segunda cultura com maior área no Brasil e também no mundo, e em volume da produção, o milho fica em segundo lugar mundialmente e em terceiro no país.
Dada à representatividade da cultura, é imprescindível estudar como aumentar a produção da cultura do milho, e também como reduzir os seus custos, analisando os fatores que afetam na qualidade e na produtividade da cultura do campo até alcançar o consumidor final dos produtos que utilizam o milho como matéria prima.
Entre os fatores que influenciam durante todo o ciclo da cultura estão às pragas, que se controladas, podem contribuir, e muito, para o aumento do rendimento do milho no campo, nas indústrias, até a chegada dos produtos nas gôndolas de supermercado. Neste artigo serão abordados mais especificamente os insetos pragas, que se disseminam com grande facilidade e que causam grande prejuízo econômico ao produtor.
Estas pragas, muitas vezes migram de outras culturas, e se não controladas, podem dizimar plantações inteiras. Outro motivo que aumenta a importância de controle de pragas é que, no campo, a produção do milho safrinha aumentou a disponibilidade de alimentos para insetos praga por um período de tempo maior, acarretando em maior sobrevivência e aumento do número de gerações dos insetos pragas.
Podemos destacar entre as principais pragas e as fases em que aparecem na cultura do milho as seguintes:
PRAGAS SUBTERRÂNEAS: larva alfinete (Diabrotica speciosa), larva-arame (Melanotus sp.), larva-angorá (Astylus spp.), percevejo-castanho (Scaptocoris castaneum), bicho-bolo ou coró (Phlyllophaga sp., Cyclocephala sp.) e cupins.
PRAGAS INICIAIS PÓS GERMINAÇÃO: Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) e Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).
PRAGAS DA PARTE AÉREA: Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), Curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes), Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta), Cigarrinhas (Peregrinus maidis e Dalbulus maidis), Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis),
PRAGAS DO COLMO: Broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis)
PRAGAS DA ESPIGA: Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).
Três grupos principais de insetos pragas incidem sobre as lavouras de milho. O primeiro grupo de pragas que ataca a cultura do milho engloba os insetos de solo. Tais insetos podem ser divididos em três subgrupos, sendo o primeiro caracterizado pelos insetos subterrâneos, que atacam as sementes e raízes. O segundo subgrupo é caracterizado por insetos com atividades na superfície do solo atacando plântulas. O terceiro subgrupo é representado por insetos que atacam as raízes de plantas já estabelecidas. Os dois primeiros subgrupos são os mais importantes pois causam redução do número de plantas por unidade de área.
Além dos insetos de solo, o segundo grupo de pragas é constituído por espécies que atacam a plântula de milho. Esse grupo de insetos também dependendo das condições climáticas e do nível de infestação podem provocar danos severos, cujos sintomas vão desde o amarelecimento das folhas até sua morte. Pode também ser verificado o perfilhamento improdutivo da planta. O terceiro grupo importante de ser comentado são os de pragas que geralmente ocorrem entre o estádio de 4-6 folhas até o pendoamento.
Os métodos de controle mais utilizados, de forma geral, são: controle químico (eficaz, mas quando mal utilizado provoca o desaparecimento de insetos predadores que realizam o controle biológico das pragas, aumentando assim a densidade populacional das mesmas), controle biológico (método mais barato, porem sua eficiência depende de muitos fatores, assim o controle do inseto praga é mais demorado), semeadura com semente tratadas com inseticidas sistêmicos ou semente de variedades transgênica.
O importante é manter o constante monitoramento da lavoura, a correta identificação das pragas e conhecimento do nível de controle a ser utilizado. De posse dessas informações, e com auxilio de um profissional capacitado, pode-se recomendar e empregar o melhor método de controle para cada tipo de praga. Aumentando, desta forma, o potencial de produção das lavouras no campo e, também, a remuneração a todos os elos da cadeia produtiva.
Ao agrodistribuidor que busca um diferencial junto aos produtores, destacam-se os desafios de oferecer um mix de produtos que seja uma solução completa, com qualidade, portfólio e comprovação de resultados; e o diferencial que os gestores podem oferecer está na prestação de serviços em um escopo mais estratégico do que o oferecido pela maioria dos concorrentes. Oferecendo desta forma novas soluções em produtos, com tecnologia avançada e que irão gerar valor para os distribuidores parceiros juntamente aos produtores.
Referências:
USDA (United States Department of Agriculture). Disponível em: . Acesso em: novembro de 2011.
FAPRI (Food and Agricultural Policy Research Institute). Disponível em: . Acesso em: novembro de 2011.
Os autores são consultores da Markestrat e atuam em projetos em agronegócios e distribuição de insumos agropecuários. Para maiores informações visite www.markestrat.org